quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Ecos Andarilhos II



Tendo dito o anterior (e que era devido), concentro-me agora especificamente nestas Palavras Andarilhas de 2022. Em primeiro lugar, um aplauso à equipa da Biblioteca de Beja / CM de Beja e ao curador desta edição, Jorge Serafim, por, num contexto (pós-)pandémico de retoma dos eventos culturais e com um orçamento, imagino, cada vez mais magro, nos terem brindado com uma bela edição. 
Apesar de haver menos Andarilhos do que em anos anteriores (tal como já se tinha verificado em Pombal, em Junho), a alegria do reencontro dos que vieram era intensa e genuína. Muita a vontade de rever amigos, escutar e aprender. Largo o abraço de quem os recebeu.
Não consegui ver nem escutar tudo, pois este ano estive, na qualidade de membro da Chão Nosso, Crl, a ajudar no espaço que nos foi atribuído no Jardim Público de Beja. Foram boas as conversas tidas e escutadas, no nosso canteiro e em todos os espaços das Palavras Andarilhas. Houve também sessões de contos que me ficarão na memória para sempre. Houve sorrisos e lágrimas, danças antigas e retratos à la minuta, histórias e livros, contadores, escutadores e leitores. 
Só senti falta de uma zona de livreiros mais próxima (isto é, de tê-los mais próximos uns dos outros e de nós, leitores) e de mais livros / leituras para adolescentes. Havia demasiados livros-álbum, em meu entender. 
Como sempre, venho de Beja com perguntas importantes:
A primeira, da boca do Luís Carmelo, na mesa sobre a simbologia dos contos para o século XXI:
- Que contos / histórias fazem sentido nestes tempos? Que histórias deverei contar? Quais as que deixarei de contar?
A segunda, do que vivenciei ao longo dos três dias, e que me acompanha desde sempre, e dá o título a uma das minhas acções de formação: 
- Como mediar leituras cultivando leitores curiosos, críticos e reflexivos (logo, autónomos)? 

Continuo a questionar-me e a pensar. Também isso devo à Cristina Taquelim: nunca me acomodar. Obrigada, mestra!

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