quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Manuel da Fonseca


Manuel da Fonseca, escritor da minha cidade, Santiago do Cacém, faria hoje 104 anos. É e será sempre um dos meus autores preferidos. Foi, por isso, um privilégio conceber a programação anual da Biblioteca Municipal com o seu nome no centenário do seu nascimento, em 2011.  De todas as iniciativas que levámos a cabo, a mais significativa, a meu ver, foi a VIAGEM POR CERROMAIOR, o passeio histórico-literário pensado e dinamizado com o Gentil Cesário. Passeio esse que terminava sempre na colina do castelo com a leitura do poema

Maltês

Em Cerromaior nasci.

Depois, quando as forças deram
para andar, desci ao largo.
Depois, tomei os caminhos
que havia e mais outros que
depois desses eu sabia.

E tanto já me afastei
dos caminhos que fizeram,
que de vós todos perdido
vou descobrindo esses outros
caminhos que só eu sei.

Manuel da Fonseca, in Planície, 1941

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Rio de Contos: onde irão estas histórias desaguar?



No passado fim-de-semana, a Caparica e a Trafaria  receberam um Rio de Contos. O encontro de narração oral de Almada, muito bem pensado e organizado pela Laredo Associação Cultural e pela Câmara Municipal de Almada, saiu das habituais paredes onde se contam histórias. Foi uma honra contar ao lado da Cláudia Sousa (na Biblioteca Maria Lamas), das contadoras da Rede Municipal de Bibliotecas de Almada, (na Biblioteca da Trafaria) e da Ana Sofia Paiva e do Miguel Horta (no Mercado da Trafaria), no dia 26, sempre com o olhar cúmplice da Maria José Vitorino.
 

 
No jornal Público, o Miguel explica com sabedoria os alicerces deste encontro. Leiam com atenção e irão entender a felicidade de quem lá contou e ouviu histórias. Muito grata, guardarei na memória os contos escutados, os sorrisos e os abraços e a certeza de que as palavras desses dias desaguarão em mundos melhores.