quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Um peixe vermelho

Um livro pequeno, precioso, vermelho.  A capa é de um quase tecido. Objeto delicado. Despretensioso, por isso, nem tem sobrecapa. Não necessita de proteção, nem de decoração.



el pez rojo, de Taeeun Yoo. Tenho a edição da kalandraka, em espanhol. 

Tudo nele é lindo! As guardas, a página de rosto:


Um menino vai com o avô para uma biblioteca muito antiga no meio da floresta onde este trabalha. Leva consigo o seu peixe vermelho. 
Explora cada canto, cada estante, cada livro da biblioteca. Até que adormece.... Quando abre os olhos, a biblioteca repousa envolta nas sombras e no silêncio. Assustado, à luz da lua, o menino começa a ler um livro ao seu peixinho. Mas, quando levanta os olhos do livro, vê que o peixe desapareceu!
Procura-o por todas as estantes, por todos os cantos, por todas as salas da biblioteca, até que vê algo pequeno e vermelho mesmo lá em cima, por entre os livros. Encontra um livro velho cheio de pó e quando o abre, acontece algo extraordinário.



A partir daqui a história prescinde das palavras e as ilustrações transmitem toda a magia que nasce dos livros. As tonalidades sépia dominam, salpicadas apenas pelo vermelho do peixe ou do livro.


Mise en abyme. O livro dentro do livro. Perfeito. 

O menino encontra o peixe. A realidade abraça a ficção. E é hora de regressar a casa. 


Mas o livro ganha um lugar especial na biblioteca e ali fica, à espera de novas leituras, de novas aventuras.






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