Aproximam-se a passos largos os dias mágicos passados em Beja, em redor dos contos e dos livros, partilhados com centenas de pessoas que ali rumam em busca de novas aprendizagens e encontram sempre muito, muito, muito mais.
Chegadas à XIII edição, as Palavras Andarilhas continuam a ser o maior e melhor encontro de narração oral e promoção da leitura organizado em Portugal. Como por encanto, em cada nova edição somos surpreendidos por um programa sempre novo, cuidadosamente tecido pela Cristina Taquelim e pela fabulosa equipa da Biblioteca Municipal de Beja. Nada é deixado ao acaso, tudo se conjuga na perfeição para fazer dos dias que lá passamos tesouro inesgotável de ideias, crescimento e memórias.
Comecei a ir às Palavras Andarilhas a partir de 2007 (antes disso estava a viver no estrangeiro, estava desculpada!) e recordo emocionada encontros que me marcaram pessoal e profissionalmente: Daniel Pennac, Maurício Leite, Ana García Castellano, Michéle Petit, Rodolfo Castro, Nicolás Buenaventura Vidal, Pep Bruno, Marina Colasanti e Affonso Romano Sant'Anna. Mas lembro, sobretudo, as conversas que, por mais pequenas que sejam, são sempre tão enriquecedoras, e o ambiente de festa e partilha que nos envolve.
Com os anos, o encontro saiu da cave da Biblioteca Municipal e estendeu-se a outros espaços da cidade. Em 2012, encontrou um poiso perfeito no Jardim Público, enchendo-o de palavras, de dia e de noite. A ele voltaremos em Agosto.
Com os anos, o encontro deparou-se com muitas dificuldades, sobretudo, de cariz económico e político. Porém, nada demoveu a equipa que com carinho e coragem nos continua a oferecer cada vez melhores Palavras Andarilhas.
Este ano, o programa desenvolve-se em redor de três temáticas:
- leitura e literatura na infância;
- função social da leitura;
- narração oral e contexto de intervenção.
No âmbito do segundo ponto, estarei pela primeira vez como convidada. Não escondo a minha emoção! Se se quiserem juntar a nós, no dia 28 de Agosto, às 12:00, estaremos a refletir em pequenos grupos pelas sombras do jardim "De olhos nos olhos: Função Social da leitura e contextos de intervenção". Para além de mim, estarão o Jorge Serafim, o Miguel Horta, a Susana Gomes, a Cláudia Fonseca, o Paulo Monteiro, a Biblioteca Municipal de Beja, todos com diferentes perspetivas.
Irei falar de "SEMENTES: O TEMPO DA LEITURA É O
TEMPO (LENTO) DO ENCONTRO
Onde se fala
da mediação leitora como sementeira e do acto de ler como encontro.
Condições essenciais para que os dois aconteçam são o tempo,
necessariamente, lento, e a atenção. Vamos regar as nossas palavras
com bons livros, autores inspiradores e sugestões concretas. Depois,
vamos esperar que floresçam."
Para quem ainda não conhece este Festival de Aprendizes do Contar, encontra aqui uma breve história.
No site http://palavrasandarilhas.wordpress.com poderá consultar toda a informação sobre o programa e as oficinas, os intervenientes, as edições anteriores, etc, e proceder à inscrição.
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