No Bosque do Espelho, Alberto Manguel, D. Quixote. |
" Ao acasalarmos palavras com experiência e experiência com palavras, nós, leitores, filtramo-nos através de histórias que ecoam uma experiência ou que nos preparam para ela, ou que nos falam de experiências que jamais serão nossas (como todos sabemos demasiado bem) excepto na latência da página. Assim, o que cremos que um livro é remolda-se com cada leitura. Ao longo dos anos, a minha experiência, os meus gostos, os meus preconceitos alteraram-se: com o passar dos dias, a minha memória continua a remexer as estantes, a catalogar, a descartar os livros da minha biblioteca; as minhas palavras e o meu mundo - à excepção feita a poucos marcos constantes - nunca são exactamente is mesmos." (p.15)
"Aproximo-me se uma obra de arte com a minha bagagem de história e de geografia, mas a bagagem que trago está sempre a mudar e permite-me ver outra coisa na obra, quase todas as vezes." (p. 127)
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